Cap 6. Na escuridão.

Eu respirei duas vezes antes de seguir meu chefe até a sala dele. Antes mesmo que ele batesse a porta eu entrei no seu rastro.
– Dr. Humberto eu preciso só de mais alguns dias, prometo que vou saber quem é esse sujeito, vou saber por que ele não se encontra nos bancos de dados aqui no Brasil e vou solucionar o caso. Mas me entenda eu não posso manter um cara misterioso como ele na minha própria casa!
– Me dê um único bom motivo Enya... – Ele se sentou na sua cadeira feita de couro legitimo, bebeu toda a água do copo ao lado do monitor do computador e aguardou minha resposta.
– Eu moro sozinha, não posso ter um possível assassino morando comigo. E além do mais isso não faz sentido – eu ri fracamente tentando encontrar um argumento plausível, mas minha cabeça estava oca. – Em que lugar do mundo assassinos ficam na casa de investigadores e...
– Enya Mello, você não tem argumentos suficientes para colocar esse Zé ninguém na condição de assassino, ele quase foi morto hoje, se isso acontecer perderemos o fio da meada para sempre! Por isso quero que o proteja ao mesmo tempo que usará suas habilidades para conhece-lo e saber o que ele esconde. Se a questão é a sua segurança, leve quantos homens precisar, mesmo que sua casa vire um Big Brother, agora se me der licença. – Ele pegou uma pasta em cima da mesa e virou-se de costas para mim. Urgh! Aquilo me deixou tão irritada, praguejei mentalmente varias vezes.
– Ah antes que eu me esqueça o laudo da pericia sobre o Zé ninguém já chegou. – Ele me disse antes que eu abrisse a porta e jogou a mesma pasta que havia pegado antes sobre a mesa.
– Obrigado.
Peguei o laudo e sai da sala pensando em quantos homens iria usar para manter o tal cara em casa. O pior era estar sem saber o que fazer, tanto tempo pra chegar onde cheguei e agora tudo poderia ir por água abaixo. Soltei meus cabelos quando cheguei a minha sala e fui obrigada a prendê-los de novo, o curativo na minha orelha respondeu de imediato me fazendo lembrar que ele ainda existia. Tentei me concentrar por alguns instantes lendo o laudo e resolvi cumprir logo a ordem do meu chefe. Dei um telefonema pedindo a um dos policiais que pegasse roupas do uniforme de policial federal e trazer para mim. Logo depois chamei os policiais mais bem treinados que eu conhecia e que podia confiar. Em 14 minutos eu tinha uma equipe de 7 homens e roupas pretas para o estranho.
Enquanto andava até a cela dele eu pensei que deveria dar-lhe um nome afinal eu não ia ficar chamando o meu “protegido” de Zé ninguém, ironizei comigo mesma.
Quando entrei ele já estava sentando como se soubesse.
- Depois do fatídico acidente de hoje, posso dizer que é um prazer vê-la novamente agente Enya! – Ele sorriu de canto de boca. – Como está o policial baleado?
- Vai sobreviver... Me admira sua preocupação. – Dessa vez eu não estava sendo sarcástica.
- Me preocupo com quem se machuca por minha causa.
- Okay... Então Sr. Estranho a partir de hoje você sai da condição de suspeito para entrar no programa de proteção as testemunhas. E com algumas regalias, terá eu na sua cola 24 horas por dia e mais sete homens fortemente armados! Não é ótimo?
Ele se inclinou para colocar as costas na parede.
- Pela sua companhia eu diria que é uma ótima noticia. Pelos homens nem tanto...
- Okay, eu trouxe roupas e sapatos que devem ser do seu numero e... – Eu atirei-lhe o saco. - Também pensei em uma lista de nomes para você. Quer que eu diga as sugestões?
- Por favor. – Ele pareceu interessar-se por alguns instantes. Aquilo ia ser engraçado.
- Eu pensei em Adalgamir, Alfredo, Anatalino, Arquiteclínio, Clarisbadeu, Dezêncio, Fridundino, Lindulfo, Celidonio, Fredolino e Zicomengo... Tenho outros bem legais guardados na mente se você quiser eu posso ver os significados na internet e...

- Por favor, Agente... Me chame de Jonathan. – Ele me cortou quando viu que eu disse todos os nomes sem rir.

- Oh! – Eu me fiz de inocente... – Jonathan, belo nome... Okay Jonathan, se vista eu quero ir embora logo...

2 comentários:

Caarrol, eu reciso dzer de novoo?!

Amoo *W*

Isa Araújo disse...

Carol Parabéns pela edição dos capítulos estão ótimos, mal posso aguardar pelos próximos.
Parabéns mais uma vez e obrigada por contribuir com o " levantamento de vôo sa nossa imaginação"
Bjafros Isa Araújo!